Circolo Trentino di São Paulo Circolo Trentino di São Paulo

História e cultura

Por Everton Altmayer – Diretor de Cultura

Trentinos no Brasil

O Brasil foi um dos países que mais recebeu imigrantes tiroleses (de todas as regiões) e o número de imigrantes saídos da região trentina ultrapassa o número de 25 mil. Hoje, os descendentes de tiroleses no Brasil (diretos e indiretos) já ultrapassam o número 200 mil. No Brasil, os trentinos se estabeleceram principalmente nos Estados do Sul e Sudeste. No Estado de São Paulo a colonização trentina é maior em Piracicaba e região, São Paulo, ABC Paulista, Campinas e região, Jundiaí, Pedreira e demais regiões com menor presença.

Em São Paulo, a maioria seguiu para o campo, trabalhando com café principalmente. Os imigrantes também ajudaram o Brasil na introdução e cultivo de parreirais, ajudando a desenvolver a produção vinícola nacional. Nas cidades, os imigrantes ajudaram a desenvolver a indústria e estabeleceram comércios. Cidades com maioria da população de origem trentina podem ser encontradas no Estado de Santa Catarina, como Nova Trento (terra de Santa Paulina), Rio dos Cedros e Rodeio, mas também e várias outras cidades.

Desenvolveram-se no Brasil a partir da década de 1970 os Círculos Trentinos (Circoli Trentini del Brasile), por iniciativa da Associazione Trentini nel Mondo com sede em Trento - Itália, que busca resgatar o vínculo com os emigrados trentinos. Os círculos são entidades formadas pelos descendentes que trabalham com diversas atividades civis e culturais em prol da preservação da identidade trentina e também na obtenção de cidadania italiana para os descendentes de emigrados trentinos, sul-tiroleses e italianos do antigo Império Austro-húngaro (Friuli Venezia Giulia e parte do Veneto). Os círculos brasileiros estão ligados à Federação dos Círculos Trentinos no Brasil (Federazione Circoli Trentini in Brasile).

O Circolo Trentino di São Paulo tem mantido nesse sentido um intenso trabalho em prol dos trentinos da cidade e Estado de São Paulo, através de vínculos permanentes com a Trentini nel Mondo, com a Região Autônoma Trentino-Südtirol e com trabalho organizado para obtenção de cidadania italiana para os descendentes que possuem documentação sobretudo austríaca por conta da emigração à época do Império Austro-húngaro.

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